PDV da Julie
Fui até a cozinha preparar um chá para Lucas. Ele estava passando mal por causa de algo que eu não sabia o que era.
Assim que o chá ficou pronto, o levei para o quarto, onde estava Lucas.
-Chá mate – eu disse
-Valeu... – ele não conseguiu terminar
Ele pegou a lixeira e vomitou dentro dela.
-Você não tem ideia do que te fez mal? – perguntei
-Talvez algo no casamento da Nathália – ele respondeu
-Vou preparar mais chá pra você – eu disse
-Não dá – ele segurou meu braço – Um mutante assaltou um banco aqui perto. Você tá no comando
-Como assim? E Hailey?
-Ela tá fora da cidade com Mike. Nicole e Jack também viajaram e Nathália e Marcelo estão na lua-de-mel. Ou seja: você é a chefe do dia – ele explicou
-Yupi! – eu disse com sarcasmo
-Bom traba... – ele não terminou
Ele se levantou e vomitou novamente.
-Trabalho – ele completou
-E você, bom... descanso – eu disse, ligando para Antonio
Liguei para Antonio e Eric para avisá-los. Nos encontramos no lugar de sempre e fomos até o tal banco ssaltado.
-Por que o Lucas não veio? – perguntou Eric
-Porque ele está passando mal por causa de alguma coisa no casamento da Nathália – expliquei
-Eu soube que tá todo mundo fora da cidade – disse Antonio – E se Lucas está passando mal, seremos só nós3 contra esse tal mutante?
-Bom... é – respondi
-Estamos ferrados – disse Eric
-Somos 3 contra1. Não tem como nós perdemos – eu os encorajei
-Tá legal, vou fingir que acredito – disse Antonio, rindo
-Qual é! Eu estou no comando hoje e perder não é uma opção – eu disse, dando uma de general
-Fazer o que, né? Vamos lá – disse Eric, desanimado
Fomos até o banco e encontramos o vidro derretido. Dentro do banco estava tudo quebrado e queimado.
-Como será que ele derreteu o vidro? – disse Antonio
-Isso não sei. Talvez tenha sido o cara dos espinhos. Ele também dispara ácido – disse Eric
-Acho que não. A gangue do Eterno não assaltariam um “mero” banco – eu disse
-Ok. E quem é o seu suspeito? – perguntou Antonio
-Não sei – respondi
-Não tem como a gente entrar. Se passarmos a faixa de cena do crime seremos automaticamente suspeitos – disse Eric
-E como vamos pegar esse mutante “fora-da-lei”? – perguntei a mim mesma
Ouvimos um barulho ensurdecedor de repente. Quando nos viramos, vimos uma grande nuvem de fogo no céu. Corremos e chegamos a um shopping que estava pegando fogo.
-Acho que pegamos nosso fora-da-lei – disse Antonio
Fui entrar no shopping, mas Eric e Antonio me seguraram.
-O que você vai fazer? – perguntou Eric
-Vou salvar aquelas pessoas – eu disse
-Não! E se houver outra bomba lá dentro? – disse Antonio – Você morre e Lucas me mata!
-Ah! – gritei – Meu 1º dia no comando e não consigo fazer nada direito!
-Calma. Talvez o tal mutante esteja aqui perto – disse Eric
-Tem razão. Vamos nos separar e procurá-lo – eu ordenei
Fomos cada um para um lado. Eu fui procurar nos fundos do shopping, mas não achei nada. Nem Eric nem Antonio acharam nada.
Não aconteceu nenhum ataque nas 3 horas seguintes, então desisitimos e voltamos para nossas casas.
Lucas ainda estava passando mal, então preparei mais chá para ele.
-Pegou o bandido? – ele perguntou
-Não. Nada. Nadinha – eu disse, decepcionada
-Não desanima. Você vai pegar ele – ele disse, me confortando
Tentei dormir, mas não conseguia por causa do barulho de Lucas vomitando e Jen chorando. Isso sem falar que eu não parava de pensar em quem estava atacando esses prédios.
No outro dia, me levantei e me arrumei para o trabalho.
Entrei na minha sala e fiquei parada em minha cadeira. Não conseguia desenhar nenhum vestido. Liguei o computador e entrei na internet. Acessei um site de notícias onde havia uma notícia:
“Hotel importante da cidade de Paris também é atacado por incendiário”
-Ah! – gritei
-Algum problema? – perguntou Mia, minha secretária
-Não. Eu tô legal – respondi
Ela saiu da sala e eu continuei lendo a matéria.
Foi então que me toquei que todos os ataques foram feitos com bombas. E quem mais que conhecemos usa bombas para atacar? Aquele garoto viciado! (Autor: Cap. 33)
Peguei meu celular e liguei para Eric.
-Já sei quem está montando as bombas. Chama o Antonio e diz pra ir ao local de sempre – eu disse
-Ok – ele respondeu
Saí da minha sala e me preparei para ir quando ouvi alguém dizer:
-Quem será que mandou essa caixa pro prédio? Que estranho...
De repente, ouvi um barulho alto e fui lançada contra parede.
Fiquei desacordada por um tempo. Quando acordei, ouvi sirenes e um estrondo. Abri os olhos e vi tudo pegando fogo e pedaços do teto caídos.
Tentei me levantar, mas havia uma mesa em cima do meu braço. Eu a empurrei e puxei meu braço. Me levantei e lancei água, mas não adiantou nada. Senti meu braço doer um pouco, mas não dei atenção.
Subi para o terraço, onde encontrei o tal garoto.
-Você! – gritei – Como... como sobreviveu àquela explosão?
-Aquilo era o MEU poder, então não ME afetava – ele explicou
-Mas por que ferir tantas pessoas inocentes? – perguntei
-Shopping, hotel e empresa de moda. Só lugares de riquinhos mimados. Ricos que não fazem nada para ajudar pessoas como EU – ele disse
-Você só tem 10 anos. Ainda tem muita coisa para viver – eu tentei confortá-lo
-Mas esses riquinhos não. Vou matar todos! – ele disse, irritado
-Você não me deixou escolhas – eu disse
Lancei um forte jato d’água nele e o derrubei do prédio. Desci as escadas e senti meu braço doendo. Me sentei próximo a parede e esperei.
Rapidamente, os bombeiros chegaram e eu desmaiei novamente.
Quando acordei, estava no hospital, com um braço engessado e um aparelhinho no ouvido.
-E aí, “chefa”? Como vai? – perguntou Eric
-Bem, eu acho – respondi
Tentei me levantar, mas meu braço doeu.
-Você quebrou o braço. O médico disse pra descansar – disse Antonio
-E pra que é esse aparelho no meu ouvido? – perguntei
-O estrondo da explosão pode ter danificado seu ouvido. Você terá que usar esse aparelho por um tempo – disse Eric
-Gostou de ficar no comando? – perguntou Antonio
-Digamos que tive dias melhores – eu disse, séria
Fim do PDV da Julie
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